Nossa, já faz uma semana que não posto por aqui. Andei meio desleixado estes dias... Imagine quantos leitores ansiosos estiveram por aqui, ávidos por um novo post! E eu por aí, trabalhando no mundo real e deixando o virtual de lado.
Ficamos tanto tempo no computador, que o termo “mundo virtual” já pode ser mudado para “mundo real”, já que ficamos por aqui mais tempo que em qualquer outro lugar.
Basta ver o tanto de bobagens que postamos no twitter. Pra quem postamos aquelas coisas? Pra ninguém, mas todo mundo lê!
O virtual cada vez mais se confunde com o real.
Quem é você?
Você é aquela pessoa desconhecida registrada em cartório como José da Silva; ou é aquela com um nickname estranho tipo JewwzzzHawk1994@toim mas que todo mundo segue no twitter, ama no orkut e adora no facebook?
Tenho alunos que twittam, escondidos de mim, da própria sala de aula! Dá pra acreditar? Onde termina o real? Onde começa o virtual?
Como faz tempo que não conto nada de engraçado (ou trágico) da minha vida, vamos a mais um caso da série “Só acontece comigo!”.
Era um mês de muito calor, creio que novembro de alguns anos atrás. Eu estava voltando de Catanduva, onde dava aula, para Taquaritinga pela rodovia Washington Luis, quando avistei um cidadão pedindo carona.
Sempre me sinto impelido a dar carona, pois durante muito tempo de minha vida foi meu principal meio de locomoção.
Perguntei para onde ele ia e o convidei a entrar no meu carro.
-Boa tarde.
-Boa tarde.
-Tá quente né?
-Ô, nem fale...
Conversa vai, conversa vem. Perguntei o que ele estava indo fazer lá na tal cidade que ele ia.
-Estou indo matar minha ex-mulher.
Como é?
-É isso que o senhor ouviu. Estou indo matar minha ex-mulher.
Após esta última frase ele tirou um revólver de dentro da malinha e mostrou para mim.
- Vou dar 6 tiros na vagabunda! Vou mostrar para aquela safada!
Aí ele gastou uns 2 ou 3 minutos falando lindos palavrões que não vou reproduzir aqui, já que este é um blog de respeito.
Tente imaginar o meu desespero de ver um louco, armado, descontrolado e corno ressentido dentro do meu carro! Pensei que o maluco ia me matar também.
Detalhe sem importância: o cara era ex-presidiário.
Conversa vai, conversa vem e eu já estava mentalmente me despedindo deste mundo. Aí o cara começou a chorar. Chorar copiosamente.
Fiquei com dó. Era simplesmente um ser humano carregando uma dor insuportável.
Comecei a falar de Jesus pra ele e descobri que sua família era evangélica. Ele se acalmou e disse que voltaria a frequentar a igreja.
No final da história ele queria deixar a arma comigo! Já pensou eu ser parado numa blitz portando uma arma?
Ainda bem que ele além de desistir de matar a mulher, desistiu também de deixar a arma comigo.
Como já disse em outros posts, TEM COISAS QUE SÓ ACONTECEM COMIGO!
Beijos e abraços para quem lê este blog!