Educação de vanguarda

Anos 80.
Cabelos os mais estranhos. Chamavam-nos de "geração Coca-Cola".
Eu estudava numa escola estadual.
Naquela época, por mais impressionante que pareça, as estaduais eram ótimas.
E foi nessa escola estadual, o Nove de Julho de Taquaritinga, que eu conheci uma professora revolucionária. Calma, ela não era do MR8 nem do VAR-Palmares, ela era uma aficcionada pelo aprender fazendo.
As aulas dela eram muito loucas para época.
Se a aula era sobre animais, tínhamos que levar animais; se era sobre rochas, tínhamos que nos virar para levar arenitos, basaltos, quartzo etc. Todos da minha classe sabemos diferenciar arenito de Bauru do de Botucatu.
Seu nome era Tia Salme (a velhinha simpática da foto).
Uma pioneira, uma incentivadora do autodidatismo e dotada de uma inteligência ímpar.
Suas aulas pareciam, para quem estava fora, uma revolta no hospício. Não fazíamos provas, ela controlava nossa participação em um caderninho(a temida caderneta) e nota era em função da participação.
Hoje eu rendo minha homenagem para a Tia Salme, a melhor professora que eu já tive e que me marcou para sempre.
Beijo Tia Salme!
As lindas crianças da foto é a minha 6ªsérie. Eu sou um cabelo loiro escondido lá no fundo.
Obrigado ao pessoal do Nosso Jornal (Laira Galatti), que gentilmente cedeu as fotos.